A transformação digital é uma realidade. Mais do que isso, a tecnologia já é um fator imprescindível para os negócios, acelerando e alterando completamente as atividades de empresas de todos os segmentos. Graças à crescente atividade virtual e ao aumento exponencial do uso dos dados, por exemplo, estamos acompanhando um novo ciclo de modernização e desenvolvimento, com o surgimento de novos caminhos para que as organizações possam garantir mais eficiência e melhores experiências a seus clientes.
Mas o que, de fato, marcaria uma jornada digital bem sucedida? Evidentemente, o primeiro passo é contar com as mais avançadas soluções de tecnologia e uma boa dose de inovação. Afinal de contas, é a busca pela transformação que move a indústria rumo a avanços como o 5G, a Internet das Coisas (IoT – do inglês Internet of Things) e a Inteligência Artificial, em uma abordagem XaaS (do inglês Everything as a Service).
Não por acaso, pesquisas globais indicam que, na maior parte das organizações, a “responsabilidade” pela transformação digital ainda está exclusivamente dedicada à área de TI. Segundo o Gartner, 77% dos líderes empresariais consideram que as prioridades das iniciativas de transformação digital dependem muito da área de tecnologia.
A transformação digital, porém, também precisa de uma cultura que permita o uso inteligente e completo dessas soluções. Para que as empresas possam extrair o máximo proveito de seus investimentos, em TI inclusive, elas precisam contar com talentos engajados e uma cultura organizacional que incentive o desenvolvimento.
Nesse cenário, é preciso destacar que os colaboradores de uma empresa é que são a base da cultura organizacional – sem as pessoas, nenhuma transformação irá acontecer e nenhum sistema terá resultado. Considere, por exemplo, uma empresa que comercializa produtos fabricados com alta tecnologia. O atendimento prestado aos clientes nas unidades ou no ambiente virtual precisa oferecer uma experiência positiva inesquecível ou de nada terá adiantado o investimento em TI.
Vale destacar que as empresas que conseguem resultados melhores em suas jornadas de transformação digital são aquelas que possuem uma cultura voltada para o aprendizado contínuo, a colaboração e a tolerância a erros. A tecnologia, nesse sentido, deve ser o facilitador para a criação de um campo de trabalho criativo, com as condições certas para que as pessoas possam inovar e contribuir. Paralelo a isso, claro, é importante que os colaboradores tenham certeza de que serão ouvidos e que suas opiniões serão realmente avaliadas e consideradas.
O fato é que não existe uma receita pronta que indique como superar as resistências internas e engajar todas as áreas da empresa no objetivo comum da transformação digital. Cada negócio tem suas próprias características. Todavia, investir em inteligência e serviços que simplifiquem o dia a dia e reforcem o foco das pessoas em atividades estratégicas é algo a ser fundamentalmente considerado. O uso da tecnologia, portanto, não é apenas uma opção para produzir mais: elas também podem ajudar as empresas a descobrirem o caminho para a mudança organizacional mais alinhada à sua estratégia de negócios.
A transformação digital começa com os CIOs e com os líderes de Tecnologia da Informação (TI). Eles devem tomar o papel de impulsionadores da implementação dos novos recursos. Mas para uma nova cultura organizacional, porém, é preciso estimular a participação de todos – direcionando o mindset de inovação como um fator único e pertencente a todas as pessoas da companhia.
Ao tratar a mudança de cultura como um projeto de inovação, os líderes certamente ganharão uma nova perspectiva – com opiniões e insights que serão benéficos para aprimorar o negócio como um todo. Isso porque o engajamento com o projeto de transformação de cultura é essencial – assim como ganhar a atenção do cliente é chave para tornar um produto bem recebido no mercado.
As empresas devem sempre considerar que a mudança de cultura, assim como a transformação digital, não acontece da noite para o dia, e nem é um projeto de começo, meio e fim. Trata-se de um processo contínuo e que, inclusive, deve estar sempre em constante aprimoramento para atender aos objetivos estratégicos – especialmente em um cenário volátil como o atual, que pode ser alterado rapidamente de maneira drástica, como vimos com a pandemia de covid-19.